. Título: A Maldição de Carrie | . Título Original: The Rage: Carrie 2 | . Direção: Katt Shea, Robert Mandel | . Roteiro: Rafael Moreu | . Baseado no livro: Carrie – A Estranha de Stephen King | . Ano: 1999 | . Duração: 1h 44min | . 2★

 

    Olá pessoal!

    Passei anos ignorando A Maldição de Carrie, também conhecido como Carrie 2, pois tinha lido alguns comentários mencionando que o filme é um verdadeiro fiasco. Aproveitando que após a leitura o livro Carrie de Stephen King, eu estou assistindo as adaptações da história, resolvi dar uma chance e A Maldição de Carrie não é um completamente inútil, porque  abordou um assunto interessante sobre a exposição de imagens. Entretanto ter uma ideia boa, mas não saber executa-la pode provocar um remake mal feito ou uma continuação sem nenhum sentido e A Maldição de Carrie, deixou essa sensação.

   O filme começa com uma mulher meio perturbada pintando uma faixa vermelha na altura dos olhos e gritando que não pode ter a filha dela. Em seguida essa mulher está sendo carregada para fora de casa e sua filha, a pequena Rachel (Kayla Campbell) sendo tranquilizada por um policial. Após um salto no tempo, Rachel (Emily Berg) tornou-se uma adolescente desajustada do ensino médio, que infelizmente mora com o casal Emilyn e Boyd (Kate Skinner e John Doe) que são os pais adotivos, pois sua mãe, Barbara Lang (J. Smith-Cameron), está internada num hospital psiquiátrico.

   Um dia comum de aula, sua melhor amiga Lisa Parker (Mena Suvari), inesperadamente cometeu suicídio depois que foi rejeitada por um rapaz. Lisa se jogou do telhado da escola e deixou Rachel completamente chateada. Misteriosamente, todos os armários do colégio se abriram e começaram a bater. Rachel possui os mesmos poderes telecinéticos de Carrie White, que são passados geneticamente e geralmente, o pai é o portador. Acontece que a conselheira estudantil do colégio, Sue Snell (Amy Irving), já presenciou esses poderes há vinte e três anos atrás quando estudou com Carrie White e teme que uma nova tragédia possa acontecer.  Então Sue decide aproximar-se da Rachel que ainda não tem total força nos seus poderes telecinéticos.

    No entanto, ao descobrir que Eric Stark (Zachery Ty Bryan), é o rapaz que seduziu e humilhou Lisa após uma transa, Rachel decidiu denunciar o esquema de aposta asquerosa onde cinco atletas de futebol americano do colégio seduzem para transar com as garotas e depois descarta-las como objetos. Com receio de prejudicar seu futuro, Eric resolveu contar para Mark Bing (Dylan Bruno), um dos atletas envolvidos na aposta e Mark resolveu reunir o grupo para tramar um esquema onde eles planejam humilhar Rachel publicamente numa festa após o jogo de futebol americano.  

   A Maldição de Carrie segue uma história parecida e se não fosse os trechos de Flashbacks  de Sue lembrando de Carrie, A Maldição de Carrie passaria como um remake do filme de 1976. É óbvio que Sue viu em Rachel como uma segunda chance de ajudar uma adolescente como tentou com Carrie, porém esse detalhe serviu apenas para fornecer uma linha direta com o filme original. Primeiramente, porque Rachel não é uma garota deslocada, estranha e intimidada como Carrie White, que era atormentada pelos alunos do colégio e sofria maus-tratos em casa. Rachel tinha amigos e trabalhava numa loja de revelação de fotos. Concordo que ela não tinha amor materno como Carrie e pais adotivos deixaram bem claro que não a amava, mas Rachel não era uma jovem sozinha, solitária como Carrie demonstrava ser.  

   Não vou dar spoiler, mas o confronto final entre Rachel com sua telecinesia e o grupinho pequeno de idiotas, é resolvido de maneira rápida e sem muita profundidade. Em vez de um baile de formatura, o local que Mark e seus amiguinhos idiotas escolhem para humilhar Raquel, é a festa que Mark está oferecendo na mansão dos pais após o último jogo da temporada de futebol americano no colégio. Raquel vai acompanhada por uma jovem que não trocou meia dúzia de palavras com ela. Apesar do tema da exposição sexual ser extremamente forte e importante, infelizmente não foi explorado de forma adequada e algumas falhas provocaram decepções pelo caminho. Parece que ficaram com preguiça de desenvolver o filme.

   Enfim, no final das contas A Maldição de Carrie é aquele tipo de filme que assistimos para saciar a curiosidade. É uma sequência fraca, porém agradável. Um horror teen que, ás vezes é bonzinho para passar tempo.

 

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   Beijos e até a próxima!