. Título: Carrie – A Estranha | . Título Original: Carrie | . Direção: Brian De Palma | . Roteiro: Lawrence D. Cohen  | . Adaptação do Livro: Carrie – A Estranha de Stephen King | . Ano: 1976 | . Duração: 1h 38min  | . 5★❤

 

   Olá pessoal!

   Após ter concluído a releitura de Carrie – A Estranha e aproveitei que estou no clima do livro resolvi assistir os filmes adaptados de Carrie - A Estranha. Na verdade trata-se de três adaptações diferentes da mesma história e uma continuação, sendo que duas são versões para o cinema e uma versão feita para televisão. Confesso que perdi a conta das vezes que assisti o filme original de 1976, porque tenho uma memória afetiva por ele. Foi um dos primeiros filmes de terror que assisti e foi através dele que conheci os livros do Stephen King. 

   Resumido um pouco a história da versão de 1976... O filme começa com as adolescentes praticando uma partida de vôlei na aula de educação física e logo em seguida elas seguem para o vestiário para tomar banho. Durante o banho, Carrie White (Sissy Spacek) teve sua primeira menstruação. Até aí, é uma situação normal e qualquer mulher pode passar por isso, mas com dezessete anos, Carrie não tinha a mínima noção do que estava acontecendo com seu corpo e acabou entrando em desespero. Para piorar, Carrie sofre bullying constantemente dos colegas do colégio e foi humilhada pelas colegas dentro do vestiário feminino. Embora a palavra bullying ainda não fosse usada para denominar casos de agressões entre estudantes na época que o filme foi lançado, é visivelmente tratado como um tema importante.

   A professora de educação física, Srta. Collins (Betty Buckley) resolveu punir as garotas envolvidas no bullying contra Carrie, caso elas recusassem as atividades de suspensão, ficariam fora do baile. Nessa versão, a professora chama-se Srta Collins, mas é Rita Desjardin na versão literária. Voltando a história... A Chris Hargensen (Nancy Allen) entrou em desavença com a professora e foi a única impedida de ir ao baile. Com a consciência pesada, Sue Snell (Amy Irving) decidiu forçar o namorado, Tommy Ross (William Katt), à levar Carrie ao baile como pedido de desculpas, porém ao saber que Carrie tornou-se acompanhante de Tommy no baile, Chris resolveu pedir ajuda ao seu namorado Billy Nolan (John Travolta) para vingar-se de Carrie.

   Considero a versão De Palma jus à obra de Stephen King. Ela consegue trazer toda a essência do horror que as pessoas são capazes de fazer com outras pessoas como está na versão literária. A transformação de Carrie neste filme é bem sucedida. Sissy Spacek que interpretou Carrie consegue apresentar aquela garota sofrida, insegura e fragilizada por causa dos ataques de Bullying no colégio e principalmente, os maus-tratos em casa provocados pela mãe, Margaret White (Piper Laurie). Ao ser convidada para o baile, Carrie conquistou um pouco da confiança e durante ao baile, Carrie mostrou que tinha aquela beleza natural escondida e foi aflorada, deixando o rosto dela mais leve.

  Quando chega ao momento do banho de sangue em Carrie, provocado pelo casal Chris Hargensen e Billy Nolan, Sissy Spacek esqueceu aquela fragilidade perante o sofrimento e transformou-se numa pessoa vingativa. A fisionomia de Sissy Spacek é visível naqueles olhos arregalados. Enfim, a personagem contém uma transformação sublime e um potencial alcançado. Além da Sissy, não posso deixar de fora a Piper Laurie que interpretou a Margareth. Ela contém um olhar de uma pessoa desequilibrada. Aliás, Sissy e Piper conseguem dar um peso dramático maravilhoso.

   Para assistir a versão de 1976, precisa colocar de lado a falta de algumas tecnologias que hoje em dia temos, especialmente para mostrar os poderes telecinético de Carrie White, a maneira que ela vingou dos colegas e como destruiu o colégio. Então coloque de lado o julgamento sobre tecnológica usada na ocasião, porque é um filme antigo. Contudo, caso ainda não assistiu, acho que vale a pena assistir e tirar suas próprias conclusões. Ele pode ser velhinho, mas contém aquele charme dos filmes cult.

 

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  Beijos e até a próxima!