. Título: A Porta no Muro | . Título Original:  The Door in the Wall | . Autor: H.G.Wells | . Editora:  Wish | . Série: Sociedade das Relíquias Literárias #5 | . Tradução: Regiane Winarski | . 79 Páginas | . Ano: 2020 | . 4★

 

   Olá pessoal!

   Publicado pela primeira vez em 1906, A Porta no Muro começa com o narrador chamado Redmond contando a história de seu amigo Lionel Wallace que certa vez encontrou uma misteriosa porta verde numa parede branca pela primeira vez durante a infância. Algumas vezes Wallace tinha visto essa porta no muro, porém somente uma vez ele teve a coragem de entrar e viu objetos e seres fantásticos que mal conseguia explicar. Mas aquele jardim no interior da porta deixou uma sensação de felicidade e leveza.

   Aquela experiência mudou a vida de Wallace. Entretanto ao voltar  desde lugar encantado, Wallace nunca mais conseguiu entrar novamente na porta. Inúmeras vezes, Wallace conseguiu enxergar a porta perante sua adolescência e sempre que ela aparecia para ele havia alguma situação que o impedia de entrar pela porta. Na fase adulta de sua vida, Wallace também conseguiu ver a porta no muro, mais uma vez não conseguiu entrar porque estava acompanhando. No entanto a esperança de Wallace nunca diminuía e todas as noites, ele vagava pela cidade em busca de encontrar a porta no muro.

   A Porta no Muro trata-se de um conto fantástico, que possui uma narrativa de fácil compreensão onde Wallace consegue acesso para um jardim mágico para esquecer todos os problemas e compromissos. Como uma fuga para afastar das frustrações, obrigações, crises ou responsabilidades da nossa realidade. Durante a infância Wallace não tinha a necessidade de uma fuga. O jardim abriu as portas para uma criança de maneira inocente. Apenas para escapar das responsabilidades escolares que o pai e a governanta ordenavam.

  Com o tempo passando, Wallace foi deparando-se com diferentes decisões, sentimentos e aspectos da vida. Sentiu-se necessidade de entrar na porta e encontrar novamente seu mundo mágico para fugir das obrigações, mas havia necessidades mais urgentes que não deixava Wallace atravessar a porta. Portanto, A Porta no Muro é uma história carregada de significados que faz a gente refletir sobre nossos sonhos que muitas vezes deixamos de lado para dar prioridade as escolhas e decisões que realmente são importantes na vida. Nem sempre podemos correr atrás dos nossos sonhos.

  Enfim, caso A Porta no Muro despertou sua curiosidade, não deixe de encaixar esse conto na sua meta de leitura. Além de ser uma história que dá oportunidade de ler rápido o conto da editora Wish que está gratuito no Amazon. Vale a pena dar uma chance para este clássico do H. G. Wells.     

  

Confira todas as resenhas do projeto:

Sociedade das Relíquias Literárias

 

 

“Sei que fui negligente. O fato é que… não é um caso de fantasmas e nem de aparições… mas… é uma coisa estranha de contar, Redmond… Eu sou assombrado. Sou assombrado por uma coisa… que tira a luz das coisas, me enche de desejos…”

 

   Sobre o autor:

   Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, foi um escritor britânico. Nos seus primeiros romances, descritos, ao tempo, como "romances científicos", inventou uma série de temas que foram mais tarde aprofundados por outros escritores de ficção científica, e que entraram na cultura popular em trabalhos como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos. Outros romances, de natureza não fantástica, foram bem recebidos, sendo exemplos a sátira à publicidade Edwardiana Tono-Bungay e Kipps. Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais. Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Ele analisa a dicotomia entre a natureza e a educação e questiona a humanidade em livros como A Ilha do Dr. Moreau. À medida que envelhecia, Wells foi-se tornando cada vez mais pessimista acerca do futuro da humanidade.

 

   Beijos e até a próxima!