. Título: O Melhor que Podíamos Fazer | . Título Original: The Best We Could Do | . Autora: Thi Bui |. Editora: Nemo | . Grupo Autêntica | . Tradução: Fernando Scheibe | . Ano: 2017| . 336 Páginas | . 5 ★
Olá pessoal!
Aproveitando a semana do dia das Mães que será dia 11 de Maio, eu reli a HQ chamada O Melhor que Podíamos Fazer da Thi Bui que é um livro de memórias gráficas publicado pela Editora Nemo em 2017. Thi Bui conta sua origem e a origem dos pais que saíram do Vietnã na década de 70 no período da guerra do Vietnã. Na primeira vez que li essa HQ, não imaginava encontrar uma história sensível e ao mesmo tempo, emocionante. Após alguns anos, a leitura permaneceu emocionante e uma rica experiência literária.
O Melhor que Podíamos Fazer começa em Nova York no hospital Metodista no dia 28 de Novembro de 2005, com Thi Bui em trabalho de parto na presença do marido Travis e sua mãe chamada Má, que tinha vindo da Califórnia para ajudá-la. Após o nascimento do filho, Thi Bui começa a refletir e questionar a transição de uma filha que tornou-se mãe pela primeira vez, as escolhas que os pais buscam para um futuro melhor para seus filhos e ao mesmo tempo, tentar entender a força e a motivação que levou seus pais a fugir de um país que estava em decadência e recomeçar do zero em outro país com muita dificuldade de adaptação.
A partir deste ponto, a história dá um salto para o passado, resgatando profundamente as raízes e os laços que a família da Thi Bui construiu ao longo dos anos. Relatando como foi à infância dos pais, como Bô e Má se conheceram e como foi o nascimento dos seis filhos em situações precárias, com muita pobreza em um país que estava em caos e tomado pela guerra. Contudo a história é abordada de forma leve, pois a família é protagonista de um período histórico bem conturbado.
A autora Thi Bui conta a história do Vietnã conectando no momento da segunda guerra mundial. Ela menciona a Guerra Civil dentro do Vietnã também conhecida como Guerra Indochina, que os Estados Unidos interferiu enviando soldados e armamentos de guerra. Mesmo abordando assuntos de muita importância, a leitura foi extremamente prazerosa e cativante, porque Thi Bui se colocou no lugar da mãe mostrando, que todo o momento, a Má era uma verdadeira heroína da história. Esse foi um dos motivos que resolvi reler essa HQ na semana do dia das Mães.
Thi Bui também não deixou de contar a história do pai, todas as atitudes e decisões que ele precisou tomar, no entanto ela declarava que quem realmente é a força da família é a Má.Também relata os julgamentos e mágoas que ás vezes os filhos criam em torno dos pais, sem saber por qual motivo levou eles tomarem determinadas atitudes e só passam compreender melhor depois que são colocados no lugar dos pais. A narrativa é completamente dinâmica, misturando o presente e o passado de forma interessante. Thi Bui também conseguiu contar a história de cada membro da família de maneira delicada.
Além de escrever sua própria história de vida e de seus pais, Thi Bui também é a ilustradora do livro. Ela usou a arte que estudou nos quadrinhos em preto e branco, com vários tons alaranjados e avermelhados que deixou a edição magnífica e boa qualidade. Particularmente achei um projeto maravilhoso que vale a pena demais ter em mãos para ler. Recomendo para todos os leitores que apreciam leituras em quadrinhos, com períodos históricos e assuntos atuais. Além de ter uma linguagem simples e direta também contém um ótimo enredo.
Sobre a autora:
Thi Bui nasceu no Vietnã e imigrou para os Estados Unidos ainda criança. Estudou Arte e Direito e considerou se tornar uma advogada de direitos civis, mas, em vez disso, virou professora de escola pública. Bui mora em Berkeley, Califórnia, com o filho, o marido e a mãe. O melhor que podíamos fazer é sua primeira graphic novel.
Beijos e até a próxima!
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