. Título: A Cozinha – Rainhas do Crime | . Título Original: The Kitchen | . Autor: Ollie Masters | . Ilustradores: Ming Doyle e Jordie Bellaire | . Editora: Panini | . Selo: DC Vertigo | . Tradução: Érico Assis | . Ano: 2019 | . 176 Páginas | . 5 ★

 

   Olá pessoal!

   Histórias sobre a Máfia sempre conseguiram chamar minha atenção. Primeiramente no filmes na trilogia O Poderoso Chefão, Os Intocáveis, Bons Companheiros e Os Infiltrados, confesso que fiquei várias madrugadas assistindo esses filmes deste gênero. Este ano espero conseguir reler, pelo menos O Poderoso Chefão e Bons Companheiros, ambas são minhas leituras favoritas, mas quando conheci Rainhas do Crime através do filme dirigido por Andrea Berloff e descobri que existe a versão literária em forma de histórias em quadrinhos, não pensei duas vezes em adquirir para ler por causa do final do filme. Fui pega de surpresa durante a leitura, pois encontrei algumas diferenças entre o filme e a HQ, mas posso dizer que apreciei bastante a história original.

  Em A Cozinha: Rainhas do Crime, o leitor é transportado para a década de 70, onde encontrarmos uma Nova Iorque que era palco principal para várias gangues mafiosas controlando o crime, especialmente as italianas e irlandesas. Após a prisão de Jimmy, Johnny e Rob, líderes da máfia irlandesa que foram presos pelas autoridades por cobrar proteção, Kath, Raven e Angie, vêem uma oportunidade para tomar o controle e liderar os negócios dos maridos em Hell’s Kitchen. Tudo é iniciado quando as três resolvem cobrar do Franky, um homem devia dinheiro para Rob, marido de Angie o dinheiro da máfia, porém Kath acaba discutindo com o homem. Ao recusar entregar o dinheiro e agredir Kath, Franky é levado para o hospital gravemente ferido.

   Embora não seja nada fácil assumem os papéis de agiotas pelo fato serem mulheres liderando um ambiente dominado por homens, com o passar do tempo, Kath, Raven e Angie tornaram-se conhecidas por toda criminalidade, sendo respeitadas na região enquanto estavam expandindo os negócios. Ao lado delas, tem Tommy, sócio de um dos maridos. Recém saído do manicômio por ser considerado psicopata, Tommy resolve ajuda-las no trabalho de recolher o dinheiro dos negócios com sucesso. Até as Irlandesas conseguiram chamar atenção do Sr. Gargano, um dos grandes chefões da máfia em Manhattan.

   Apesar de todas as diferenças e surpresas que encontrei ao ler a história em quadrinho depois de ter assistido ao filme, posso dizer que A Cozinha: Rainhas do Crime não contém uma história ruim. Confesso que estou ficando suspeita, pois adoro o clima meio agressivo com as tramoias e a guerra pelo poder, que na maioria das histórias de máfia carrega. Sempre trazendo desfechos e reviravoltas que desperta minha curiosidade e aquele gostinho de quero mais na minha mente. Nem preciso dizer que A Cozinha: Rainhas do Crime terá uma releitura futuramente.

   A transformação de cada das personagens principais foi sensacional. Kath, Raven e Angie precisaram se manter firmes no mundo comandado pelos homens, principalmente quando os maridos saíram da prisão. No início, a única que realmente sabia um pouco sobre os negócios do marido era Kath, que às vezes ajudava com as coletas do marido, Jimmy. Raven agia com menos sentimentalismo e sem remorso, enquanto Angie era a medrosa do trio, porém tornou-se a irlandesa mais fria depois que aprendeu controlar seus medos com ajuda de Tommy. As Irlandesas conseguiram expandir os negócios com inteligência e tanto sucesso, que os maridos não gostaram da situação quando saíram da prisão. Sem dar spoiler para não estragar a leitura de ninguém, mas eles foram deixados de lado e foram considerados bandidinhos pé rapados pelos chefões poderosos.

   A Cozinha: Rainhas do Crime contém traços ótimos com cores vivas e ao mesmo tempo, sombrias. A leitura é rápida e dinâmica, porque contém diálogos curtos e vários quadrinhos sem nenhum tipo de narrativa. Dá para ler em apenas um dia, mas fui poupando páginas para durar dois dias. Enfim, A Cozinha: Rainhas do Crime proporcionou uma leitura bem divertida e criativa. Recomendo a leitura para leitores que apreciam histórias em quadrinhos ou histórias com máfias, mas tenha em mente que é aquelas histórias que divide opiniões. 

 

Confira todas as resenhas de Rainhas do Crime. 

 

   

     Beijos e até a próxima!