. Título: Bartleby, o Escrivão | . Título Original: Bartleby, The Scrivener a Story of Wall-Street | . Autor: Herman Melville | . Editora: Wish | . Série: Sociedade das Relíquias Literárias #14 | . Tradução: Karine Ribeiro | . Ano: 2021 | . 96 páginas | . 5★❤
Olá pessoal!
Já ouvi dizer que a leitura de Bartleby, o Escrivão do escritor Herman Melville faz refletir sobre nossa própria vida. Realmente a leitura deste conto me fez pensar em várias situações e atitudes, mas também me fez refletir sobre a desilusão, frustração e solidão. No final das contas Bartleby, o Escrivão é uma história clássica e, no entanto mostrou ser bastante atual. Eu preciso de um exemplar dessa história em formato impresso, porque vou reler futuramente.
Escrito em 1853 o conto Bartleby, o Escrivão começa com o narrador, um advogado bem sucedido de Wall-Street, apresentando como patrão de Bartleby e relembrando desde o momento em que contratou Bartleby como escrivão na tentativa de aliviar a carga de trabalho em seu escritório. Rapidamente Bartleby conquistou a confiança do patrão, pois executava seu trabalho com muita habilidade. Acontece que após alguns dias, Bartleby começou a recusar determinadas tarefas e deixou seu patrão surpreendido.
Ao contrário dos outros funcionários, Peru, Alicate e Bolinho de Gengibre, que o narrador tinha em seu escritório, Bartleby era um homem calmo, não tinha mudança de comportamento e não entrava em conflito com ninguém. Contudo sempre recusava em realizar determinadas tarefas, sem apresentar nenhuma justificativa para seu patrão. Com isso o fascínio do advogado pelo seu funcionário crescia, pois Bartleby apenas mencionava a frase: “Prefiro não fazer” em qualquer tarefa resignada para ele e não demorou muito para o narrador descobrir que Bartleby não saia do escritório por nada e até, descobriu que Bartleby morava lá no próprio escritório quando, num domingo, precisou ir ao escritório.
Bartleby, o Escrivão contém uma leitura fluída e fácil compreensão. É aquele tipo de história que termina e permanece marcada na memória. A história continua com o narrador ficando cada vez mais espantado com Bartleby, pois ele não saia para almoçar como os outros funcionários e apenas alimentava de bolinhos de gengibre e, para piorar, Bartleby decidiu não trabalhar mais e nem sair mais do seu lugar. Ficando apenas com seu olhar fixado na janela que dava para um parede desgastada.O comportamento de Bartleby acaba impactando psicologicamente todos os personagens, especialmente o narrador. Várias vezes o narrador era atormentado pelo peso da culpa em julgar Bartleby, como também revelava suas angústias e frustrações pelo funcionário que permanecia recusando suas tarefas.
Confesso que durante a leitura eu fiquei com muita vontade de entrar na história e sacolejar Bartleby. Eu queria saber o motivo do comportamento esquisito do escrivão, no entanto, o final da história conseguiu me tirar da zona do conforto e fiquei intrigada pela vida de solidão de Bartleby. Enfim, mais um conto que conheci através do projeto Sociedade das Relíquias Literárias da editora Wish que vale a pena ler e ser explorado em detalhes por cada leitor. Espero tê-lo na minha estante também para reler futuramente.
Confira todas as resenhas do projeto:
Sociedade das Relíquias Literárias
“Não fui eu quem o colocou aqui, Bartleby – falei, entristecido com sua suspeita implícita. – E para você, este não deve ser um lugar tão ruim. Não é nenhuma desonra você estar aqui. E veja, não é um lugar tão triste quanto dizem. Olha só o céu e a grama também.”
Sobre o autor:
Herman Melville (1819-1891) foi um escritor, poeta e ensaísta estadunidense.Embora tenha obtido grande sucesso no início de sua carreira, sua popularidade foi decaindo ao longo dos anos. Faleceu quase completamente esquecido, sem conhecer o sucesso que sua mais importante obra, o romance Moby Dick, alcançaria no século XX. O livro, dividido em três volumes, foi publicado em 1851 com o título de A baleia e não obteve sucesso de crítica, tendo sido considerado o principal motivo para o declínio da carreira do autor.
Beijos e até a próxima!
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